ASTECAS
A civilização asteca ou mexica foi um dos mais notórios povos a
ocuparem a região da Meso-América. De acordo com um relato mítico, a
tradição religiosa asteca relata que seu povo saiu à procura de um
território sagrado. Tal região estaria marcada pela existência de uma
águia repousada sobre um cacto, que carregava em seu bico uma serpente.
Depois de passarem anos vagueando pelas regiões da América Central, o
povo asteca fixou-se na região do Lago Texcoco. Ali desenvolveram
intensa atividade agrícola e fundaram a cidade de Tenochtitlán.
Explicações de cunho histórico dão conta que os astecas, por volta do século XIV, invadiram a região meso-americana valendo-se da frágil civilização tolteca que dominava aquela região. Em curto espaço de tempo, conseguiram formar um amplo império formado por centenas de centros urbanos e que contava com uma população de quase 15 milhões de habitantes. Durante sua história o império asteca dominou outros povos da região, dos quais cobravam tributos que abasteciam as principais cidades do império asteca.
No final do século XV, com a chegada dos espanhóis à região, os astecas sofreram a crise e o declínio de seu império. As pretensões colonialistas e a cobiça pelos metais preciosos incitaram os espanhóis a promoverem a destruição desta antiga civilização. Por meio das guerras, pilhagens e o apoio de povos inimigos os espanhóis conquistaram toda a região. Com isso, foram perdidas valiosas fontes de conhecimento da cultura desse povo que dominou o Vale do México por mais de duzentos anos.
INCAS
Situado em uma área compreendendo as regiões da Argentina, Chile,
Bolívia, Equador e Peru, o Império Inca compôs uma grande civilização
que chegou a ter quinze milhões de integrantes. Segundo alguns estudos,
os incas atingiram essa marca impressionante no curto prazo de duas
décadas. Composta majoritariamente por índios da etnia quíchua, a
civilização inca se formou inicialmente em torno da região da cidade
peruana de Cuzco.
Ao contrário do que muitos pensam, o termo inca não era utilizado pelos
integrantes do império para se definirem como pertencentes a tal povo. A
expressão inca era exclusivamente empregada por uma elite que dominava
politicamente o território. Para a grande parte da população, o termo
inca – que na língua quícha significa “filho do sol” – só era empregado
para designar o imperador.
Para formarem tão vasto império, os incas contaram com a confluência de
vários povos que anteriormente ocuparam toda essa região. A organização
do governo imperial se deu a partir de uma série de vitórias militares
capaz de subjulgar outros povos. O imperador inca era considerado um
descendente do sol e, mediante essa condição divina, era o grande
responsável pela criação das leis.
Para sustentar a elite do Estado, o governo inca contava com a produção
agrícola dos ayllus, comunidades camponesas espalhadas por todo o
território. Sendo o território andino marcado por vários acidentes
geográficos, os incas tiveram que construir uma extensa malha de
estradas com mais de quinze mil quilômetros. Além de escoar a produção
agrícola, tais estradas foram de grande importância para o comércio e o
trânsito de informações.
A ruína dos incas aconteceu no século XVI, com a chegada dos espanhóis
ao continente americano. Um dos colonizadores que tiveram grande papel
nesse processo de dominação dos incas foi Francisco Pizarro. Ao entrar
em contato com os incas, Pizarro estabeleceu uma série de alianças
militares com povos locais que rivalizavam com o império. Iniciado em
1532, o processo de conquista se encerrou em 1572 com a prisão e morte
de Tupac Amaru, o último imperador inca.
MAIAS
Habitando a região sul da Península do Yucatán, os maias começaram a
formar sua civilização por volta de 700 a.C.. Contando com a influência
de outros povos meso-americanos, os maias formaram uma das mais ricas
civilizações pré-colombianas de que se tem registro. Espalhando-se ao
longo das regiões vizinhas, a sociedade maia iniciou a expansão de seu
povo criando uma série de cidades distribuídas pelo fértil Vale do
Yucatán.
No século III, o povo maia já se encontrava distribuído entre as regiões de floresta onde hoje se encontra a Guatemala e Honduras. Desprovidos de instituições políticas centralizadas, os maias organizavam governos autônomos em cada uma das cidades-Estado fixadas no território. Esse período de expansão territorial e urbano, conhecido como período Clássico, encerrou-se no século X, quando uma inexplicável diáspora esvaziou os centros urbanos da cultura maia.
Nesse período, os toltecas subjugaram o povo maia através do controle de parte de suas cidades. Somente no final do século X, a união de algumas cidades maias empreendeu o renascimento da civilização. Através da Liga de Mayapán, formada pelas cidades de Chiclen Itzá e Uxmal, a civilização maia voltou a controlar os territórios da Península do Yucatán.
Durante o século XV, uma série de guerras entre as cidades-Estado foram responsáveis pelo enfraquecimento da civilização maia. Mesmo não sabendo precisamente os motivos para tal enfraquecimento, alguns estudiosos ainda apontam que uma sucessão de secas e grandes desastres naturais decretou o esgotamento da civilização maia. Em 1511, quando os espanhóis chegaram à região, encontraram um povo em total desolação. A partir do contato com os europeus, uma série de epidemias foi responsável pela extinção dos maias.
INDÍGENAS BRASILEIROS
1. O TERMO ÍNDIO:
-
o termo índio nasceu de um engano histórico: ao desembarcar na América,
o navegador Cristóvão Colombo chamou seus habitante de índios, pois
pensava ter chegado nas Índias.
-
outras designações para o habitante da América pré-colombiana:
aborígene, ameríndio, autóctone, brasilíndio, gentio, íncola, "negro da
terra", nativo, bugre, silvícola, etc.
- o termo índio designa quem habitava e ainda habita as terras que receberiam o nome de América.
2. DIVERSIDADE CULTURAL:
-
os diferentes povos indígenas do Brasil (Pindorama ou Piratininga), a
exemplo dos demais índios da América, tinham maneiras próprias de
organizar-se: diferentes modos de vida, línguas e culturas.
3. NAÇÕES INDÍGENAS:
+ Classificação: baseada em critérios lingüísticos.
- Tupi: litoral.
- Jê ou Tapuia (Macro-Jê): Planalto Central.
- Nuaruaque: bacia Amazônica.
- Caraíba: norte da bacia Amazônica.
4. ORGANIZAÇÃO SOCIAL:
- Regime de Comunidade Primitiva
- igualdade social.
- relação coletiva com a terra.
- divisão do trabalho por sexo e idade.
- socialização das técnicas de produção.
- distribuição igualitária.
- pequeno desenvolvimento tecnológico.
- produção voltada para o autoconsumo.
- era muito pequena a produção de excedente.
- habitação: malocas (ocas) - aldeia (taba) - tribo - nação.
9 casa comunal
- nomandismo e semi-nomandismo.
- atividades econômicas: caça, pesca, coleta e agricultura.
- instrumentos rudimentares.
- religião: politeísta Ò Pajé.
- política: chefe de maloca - Conselho - chefe da aldeia (principal, cacique ou morubixaba).
- a guerra tinha muita importância e era fonte de prestigio e elevação de status.
- costumes:
-coivara: queimada.
-couvade: resguardo do pai da criança.
-antropofagia: ritual.
-dar presentes: generosidade na distribuição de bens.
-casamento: poligênico (o homem ter mais de uma mulher) e poliândrico (mulher casada com vários homens) .
O DESCOBRIMENTO DO BRASIL
1. PEDRO ALVARES CABRAL:
- navegador português.
-
a esquadra enviada por D. Manuel, rei de Portugal, às Índias, tinha
como objetivo estabelecer uma sólida relação comercial e política com os
povos do Oriente.
- 22 de abril de 1500: Cabral oficializa a posse de Portugal sobre o Brasil.
-
o Descobrimento do Brasil fez parte de um processo mais amplo de
Expansão marítima, comercial e territorial realizada pelos europeus no
início da Idade Moderna, ou seja, o descobrimento do Brasil e sua
colonização devem ser analisados como uma etapa do desenvolvimento
comercial europeu.
-
o Descobrimento foi fruto da expansão ultramarina realizada pela
burguesia européia, marcando uma etapa do desenvolvimento comercial
europeu.
- Nomes: Monte Pascoal ¾ Ilha de Vera Cruz ¾ Terra de Santa Cruz ¾ Brasil.
- Controvérsias sobre o descobrimento:
+ casualidade ou intencionalidade ?
+ descobrimento ou conquista ou encontro de culturas ou achamento ?
PERÍODO PRÉ-COLONIAL (1500-1530)
1. CONCEITO:
-
período (1500-30) em que Portugal não se interessa pela efetiva
colonização do Brasil em função deste não preencher os seus interesses
mercantilistas (metais e comércio).
2. MOTIVOS DO DESINTERESSE DE PORTUGAL PELA COLONIZAÇÃO:
- os portugueses não encontraram, no Brasil, sociedades organizadas com base na produção para mercados.
- o Brasil não oferecia metais preciosos nem produtos para o comércio.
- a crise demográfica portuguesa.
- Portugal estava concentrado em torno do comércio Oriental.
3. CARACTERISTICAS:
-
durante esse período Portugal limitou-se a enviar para o Brasil
expedições de reconhecimento e de defesa e iniciou a extração do
pau-brasil.
4. EXPEDIÇÕES EXPLORADORAS:
- Gaspar de Lemos (1501).
- Gonçalo Coelho (1503).
+ objetivos: fazer o reconhecimento geográfico e verificar as possibilidades de exploração econômica da nova terra descoberta.
+ resultados: denominação dos acidentes geográficos e constatação da existência de pau-brasil.
5. EXPEDIÇÕES GUARDA-COSTEIRAS:
- Cristóvão Jacques (1516-1526).
+ objetivos: policiar o litoral e expulsar os contrabandistas.
6. EXPLORAÇÃO DO PAU-BRASIL:
- primeira atividade econômica portuguesa no Brasil: exploração e comércio da madeira de tinturaria.
- atividade extrativa, assistemática e predatória.
- estanco: monopólio régio Ò uma limitação ao exercício de uma atividade econômica, salvo o seu desempenho pela Coroa ou a quem esta delegasse.
- escambo: tipo de relação de trabalho onde há troca de serviço/mercadoria por outra mercadoria Ò o corte e o transporte da madeira eram feitos pelos indígenas, que, em troca, recebiam bugigangas.
- feitorias: eram os depósitos que armazenavam as toras de pau-brasil.
↳ não geraram povoamento.